Podia muito bem ser mais uma aventura do grupo Os Cinco, mas Ema, Helena, Alberto, Nuno e Ricardo aproveitaram o último sábado para mostrar, mais uma vez, que é possível fazer muito com pouco. A segunda edição do Bairrada@LX, que este ano teve lugar no TimeOut Market, encheu-se de amigos e enófilos em redor dos vinhos bairradinos representados por alguns dos principais produtores da região, e não faltou o tradicional leitão para celebrar o melhor que a Bairrada nos pode oferecer.
O sentimento de pertença a esta região não tem muito tempo, mas tem o tempo suficiente para perceber o seu enorme potencial, seja nas histórias que guarda, ou a cada novo vinho que vou conhecendo. Foi o caso do novo Doravante Branco 2016 de João Filipe Soares e Nuno Mira do Ó (VPuro), e do novo Messias Clássico Branco 2012, dois lançamentos muito diferentes entre si, é certo, mas que conseguem mostrar a dimensão dos vinhos brancos da Bairrada.
Entre tanta conversa houve tempo para revisitar alguns vinhos provados em outras ocasiões e entre tudo o que fui provando, fiquei mais uma vez rendido aos espumantes de Ataíde Semedo, ao Pinot Noir da Casa de Saima e ao Gonçalves Faria branco da Niepoort (Quinta de Baixo). Vinhos de uma identidade imensa, capazes de elevar qualquer momento a solo ou acompanhados à mesa.
Talvez seja pelas suas gentes ou pela resiliência dos seus vinhos que a Bairrada seja hoje uma região em franca AFIRMAÇÃO. Talvez seja pela amizade que une estes cinco amigos que o último Bairrada@LX tenha sido um SUCESSO. Talvez seja por acreditar que somos veículos de uma mensagem, que se pretende positiva, que posso garantir que uma próxima edição seria algo SENSACIONAL, e talvez seja porque acredito que é possível fazer mais que acredito que a Bairrada irá voltar aos seus tempos áureos.